terça-feira, 11 de outubro de 2011

Piá

Menino crescido no interior
Pescando lambaris na sanga
Ou no campo colhendo pitangas
Um estilingue a mirar nas pombas
João de barro não se agredia.
Bola de gude “às ganha”
O lanche era pão com banha
E os bolinhos que a mana fazia.
Vivia cheio de sonhos
De um dia ser gente grande
Para poder fazer coisas de homem
E o tempo custava a passar.
Hoje com uma porção de anos
De alegrias, incertezas, desenganos
Dá uma vontade de voltar.
De vez em quando me vejo
Lá na sombra da figueira
A saudade por companheira
Vivenciando as lembranças.
Mas no futuro ainda sou crente
Pois me vejo no presente
Um adulto, com alma de criança!

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