domingo, 5 de junho de 2011

Privações

Nebulosidade no ar
Prenúncio de mau tempo que se avizinha
Semelhanças inquietantes
Com meus pensamentos ambíguos
De difícil claridade
Que as dúvidas insistem em turvar
Depois o minuano trás o frio
Soprando as nuvens cinzentas
Curvando as palmeiras
Recortando as folhas das bananeiras
Potencializando a carência
De quem vive de ausências.

As lembranças, embora dulcificantes
Martelam como o vinho ordinário
Que na hora angustiante
Mascara-se de bálsamo consolador
Num consolo inútil
A quem procura saída fútil
Para dissimular certa dor
Mas... Embora o desapego
Não perco de todo o sossego
Lido até com certa calma
Embora a inquietude do momento
Vou amainando o sofrimento
Com a liberdade da alma.

Nenhum comentário:

Postar um comentário