terça-feira, 20 de julho de 2010

Homem que ama

Um homem quando ama
No olhar um brilho tem
De longe quando ele vem
Vê-se que voltou a viver
Sua face iluminada
Rejuvenesce no tempo
Motivado pelo alento
Que de novo passou a ter

Das noites mal dormidas
Pesadelos a lhe dar fadiga
Com revezes e intrigas
Adviram sonhos de paz
Nestes ele encontrou
Vagando por um jardim
Com rosas, alfazema e jasmim
Quem nova alma lhe trás

Das poesias tristonhas
Inspiradas, mas sem alento
Cheias de dor e lamento
Só ficaram as lembranças
O chimarrão do fim de tarde
Que sufocava pela amargura
De uma vida tão dura
Hoje é cheio de esperanças

Da mesa sem vontade
À qual sentava sem gosto
No alimento ali posto
Nem vontade de tocar
Hoje admira e se anima
Pois imagina que um dia
Quem povoa sua fantasia
Junto dele pode estar

Até mesmo o espelho
Que refletia conflitante
Mudando a cada instante
Pela inconstância do ser
De um homem sofredor
Desesperado e sem calma
Teimava a mostrar-lhe a alma
Que ele não queria ver

Hoje estão todos em paz
A mesa, o espelho o jardim
Um homem que ama é assim
Passou a vivenciar encantos
Só algo ainda o inquieta:
Quando coragem terá
E seu amor declarará
Àquela, a quem ama tanto?


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