segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Mímicas esportivas

Nos tempos de guri, aos domingos ia junto com meu pai no armazém que chamávamos de venda. Nestes lugares invariavelmente tinha uma cancha de bochas, onde ele e seus amigos jogavam até escurecer. Meus amigos e eu jogávamos bola de gude ali por perto. Quando parávamos de jogar, íamos ver o jogo dos pais.
Achava muito engraçado quando meu pai jogava uma bocha, e ela não saía com a direção que ele desejava, ou seja o bolim. Aí ele fazia movimentos com o corpo e os braços dando ordens para que a bola tomasse o rumo desejado. Era uma mímica intensa e desesperadora que ele quase caia pros lados na tentativa (inútil) de corrigir a jogada.
Quantas vezes vendo futebol na tv não nos deparamos fazendo o mesmo. Alem de xingar os jogadores, o treinador e o juiz é claro.
Uma menina me contou que nunca mais olha o jogo junto com sua avó, pois era um suplício a cada partida uma vez que ela jogava junto. E não era só xingar o árbitro, dar intruções aos jogadores. Ela chutava a bola, dave passes laterais e até dribles imaginários. Ela me disse que pra ver o jogo com sua vó só se sentar bem longe ou colocar caneleira.
Fiquei imaginando se ela tambem cobrava lateral, escanteios e pensei: tomara que o juiz não marque pênalti contra seu time.
Vai que o adversário bate rasteiro e no canto...
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2 comentários:

  1. Não te conheço , mas gosto demais de tudo que escreves! Prova disso é que te sigo no twitter, e aqui no teu blog.Parabéns ! Escreves muuuuito bem!

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  2. Obrigado por tuas palavras e fico feliz que acompanhes minhas postagens.

    Abraços

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