Nos tempos de guri, aos domingos ia junto com meu pai no armazém que chamávamos de venda. Nestes lugares invariavelmente tinha uma cancha de bochas, onde ele e seus amigos jogavam até escurecer. Meus amigos e eu jogávamos bola de gude ali por perto. Quando parávamos de jogar, íamos ver o jogo dos pais.
Achava muito engraçado quando meu pai jogava uma bocha, e ela não saía com a direção que ele desejava, ou seja o bolim. Aí ele fazia movimentos com o corpo e os braços dando ordens para que a bola tomasse o rumo desejado. Era uma mímica intensa e desesperadora que ele quase caia pros lados na tentativa (inútil) de corrigir a jogada.
Quantas vezes vendo futebol na tv não nos deparamos fazendo o mesmo. Alem de xingar os jogadores, o treinador e o juiz é claro.
Uma menina me contou que nunca mais olha o jogo junto com sua avó, pois era um suplício a cada partida uma vez que ela jogava junto. E não era só xingar o árbitro, dar intruções aos jogadores. Ela chutava a bola, dave passes laterais e até dribles imaginários. Ela me disse que pra ver o jogo com sua vó só se sentar bem longe ou colocar caneleira.
Fiquei imaginando se ela tambem cobrava lateral, escanteios e pensei: tomara que o juiz não marque pênalti contra seu time.
Vai que o adversário bate rasteiro e no canto...
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Não te conheço , mas gosto demais de tudo que escreves! Prova disso é que te sigo no twitter, e aqui no teu blog.Parabéns ! Escreves muuuuito bem!
ResponderExcluirObrigado por tuas palavras e fico feliz que acompanhes minhas postagens.
ResponderExcluirAbraços