Riacho
Onde
cresci corria um riozinho
Calmo,
ziguezagueando nos campos
Nas
pedras fazendo carinho
Ou
embalando nas corredeiras
Açoitando
os caetés da beira.
Numa
curva um poço se formava
Água
tão límpida que no fundo se avistava
Os
lambaris faceiros, intrépidos ligeiros
E
as avencas teimosas que são
Na
luta por deixar verde a barranca
A
cada enchente castigada pela erosão.
Eu
guri nadava naquela água cristalina
As
primeiras braçadas de pura adrenalina
Coisas
boas dos tempos idos
Dias
alegres outros meio sofridos
Livre
por crescer sem alambrado
Ou
carente na ausência de um costado
Mas
como a água que busca seu caminho
Crescemos
e seguimos nossa jornada
A
cada dia uma partida, ou uma chegada
Depositando
na conta do crescimento
Os
desalentos que rondam por momentos
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