sábado, 3 de março de 2012

Enredo

O bloco do povo segue seu desfile
Na tresloucada dança da festa popular
Uns dançam outros fazem de conta
Mas o que conta nem é a conta
Pois esta fica pra depois
Que o samba acabar
Seguindo num mundo de utopia
Por detrás de tanta fantasia
Os problemas somem de repente
Assim sob o efeito desta anestesia
Entorpecidos numa overdose de alegria
Coisas ruins afastadas pra sempre

Mas...
Eis que a música pára, o povo se cala
Num epitáfio a realidade dá um sinal
Na dor a dureza. A reflexão e a certeza:
Um dia nos deparamos com a hora final
Nas idas e vindas da vida
Mais uma história vivida
Fica a saudade de um amigo leal
Pra não perder o costume
Brincalhão nos pregou uma peça
E justo no meio da festa
Faz sua última seresta

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