sábado, 16 de abril de 2011

Perseverança

Tronco de cinamomo caído
Que agora faço de banco
Horizontalizado de raízes expostas
Antes imponente agora humilhado
Com suas intimidades à mostra.
Muitas arvores se foram, como tu poucas ficaram
Sem poder escolher pela contingência
Vento norte, veio forte sem clemência
Escancarando seu desamparo.
Agora nesta posição incômoda
Para quem altivo reinava
Caído, ferido, mas não se entrega
Brotos teimosos ainda vicejam
Na luta dos que persistem em viver.
Mateando acomodado em ti
Cinamomo agonizante porem bravo
Entendo tua angústia e teu sofrer.
Tendo eu, passado maus bocados
Vagando por aí sem um costado.
Mas como tu, nunca deixei de crer
Tua luta sempre servirá de exemplo
Nesta teimosia, de pelear todos os dias
Mesmo que por momentos nos falte a confiança
Brotos de esperança, sempre vemos renascer.

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